Gabriel Leocadio Pobreza esbanjação em ouro soco em Pele, luxúria de forma vertiginosa Pecado carnal, limbo da alma, vertigem oca e presa cama asquerosa suja em verde lodo sangue Podre – escorre Afaga Maria Malta Prazer Espreguiçar na rede Comendo deliciosa sobremesa Vivendo a luxúria fundamental de trepar com a língua Com a soberba pútridaContinuar lendo “Os sete pecados capitais”
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Matriz Insumo Produto Filosófica
Matheus Sadde Do humano em essência a ação é princípio Do humano em abstrato a afecção é o que é Do humano em forma, o corpo se faz presente Da essência no humano, o social se compõe Da essência no abstrato dá-se a verdade Da essência na forma, surge movimento e contradição Do abstrato emContinuar lendo “Matriz Insumo Produto Filosófica”
Melancolia
Maria Malta Sob dois grandes arcos amarelos Arremedos de comida servidos Ambiente perfeito para magrelos Cheiro de alimentos podres fervidos Uma linda família humildade, raiz Deve ser dia de sacrifício Pedem por um lanche feliz Não está no cardápio o desperdício Recebem uma refeição quente Dividem com muita paciência Mal tampa o buracoContinuar lendo “Melancolia”
A dor do eu
Matheus Sadde Quando o eu conhece a sua dor, o que lhe falta é o perdão. Por dias e noites o eu remói a culpa pelo seu egoísmo. Quando o eu já não é mais nada além de dor, o que lhe resta é a solidão. No amontoado dos tolos sentimentos do passado, o euContinuar lendo “A dor do eu”
Construção
Milene Silva Somos construídos dia a dia. De arrependimento, perdão e até melancolia. Alguns dotados de tamanha empatia, Que se transforma, as vezes, em linda poesia. Tem aqueles contemplados que sentem amor, Constroem, multiplicam e agregam a ele valor. Mas não se esqueça: aqueles que não tem o tal amor, fervor, É só olharContinuar lendo “Construção”
Esta é a minha
Maria Malta A sabedoria das minhocas é reconhecer quando o buraco está quente pode lançar-se como flecha por meio de um arco qualquer escapar do destino de isca um prazer com barulho de risada risada atômica com a força da irá de uma mulher oprimida expressa oniricamente no encontro da minha mão como sua bocaContinuar lendo “Esta é a minha”
Sintoma de Capitalismo
Maria Malta Quem não gosta de progresso? avanço d e s e n v o l v i m e n t o Tudo que fazemos tem um sentido vamos em frente sigamos os seres humanos transformam a natureza e neste movimento mudam atendem suas necessidades mas seus desejos aumentam deixam de ser do estômagoContinuar lendo “Sintoma de Capitalismo”
Em prantos
Maria Malta Vc tem ideia de qual é o pior lugar do mundo para se estar agora? Dentro dos meus olhos Quase se vertendo Abismo abaixo Sem suportar a dor que sente Mas em pânico com a rudeza do que vê A realidade brasileira em 2020 Escorrendo pelas ruas cobertas por mais de 1000 corposContinuar lendo “Em prantos”
Entre nós
Kamilla Neves Entre nós Entre nós dos fios dos meus cabelos Entre os nós das raízes que se embaraçam e entram fundo pela terra Entre nós Entre nossa pele nossa boca, nosso nariz Nossa memória Nossa ancestralidade Entre nós de musculaturas que se movimentam e se libertam Entre os nós que diariamente desfazemos para seguirContinuar lendo “Entre nós”
O que fazer ?
Matheus Sadde I No mundo do só O desencontro se faz presente O que fazer? Se no outro não há Há uma luta num terreno desconhecido E o inimigo impera sedento O que fazer? Sem o desejo de ser Quando os muros e as barreiras se tornam o comum E o espaço só cabe aContinuar lendo “O que fazer ?”