Gabriel Leocadio
Pobreza esbanjação em ouro soco em Pele, luxúria de forma vertiginosa Pecado carnal, limbo da alma, vertigem oca e presa cama asquerosa suja em verde lodo sangue Podre - escorre Afaga
Maria Malta
Prazer Espreguiçar na rede Comendo deliciosa sobremesa Vivendo a luxúria fundamental de trepar com a língua Com a soberba pútrida de quem foi a universidade E a pequeneza de quem não divide Inveja define
Aliedson Lima
escrever controle possível albert camus ler pensar cama escritório inanição sexo desvio classe miséria comida íntimo possível sentir gritar revolta
Matheus Sadde
Geração neoliberal Faço parte de uma geração que assiste A realidade é o que passa na TV São nos vídeo games que a vida é programada Como não conceber o mundo de um show de luzes? Somos espetáculos de uma crise Seguimos padrões porque o corpo é imagem Não aprendemos a ouvir, cheirar, comer ou tatear Assistimos a tudo e fizemos de tudo Porque não deixamos de pensar em modelos? Temos método, somos programáveis e ansiosos Nascemos já sabendo que a vida é trabalho E se não for perfeito, poderá não ter futuro Não há garantias! E nem mesmo empregos. Então aprendemos a criar? Hora de morfar!!!
Gleyse Peiter
Grito de dor, de ódio e de medo Na pele uma lembrança difícil, uma fantasia complicada A úlcera vermelha da gula e a ambição desnecessária traz competição e pobreza A preguiça é importante, uma rede na árvore totalmente necessária Mas faltam disputas de classe o que é fundamental
Maria Malta
A cada dia mais mortes A soberba caminha a passos largos Braços vacinados em ritmo de marcha fúnebre Enquanto a Ira frequenta padarias e primeiras páginas de jornais Pesquisas mostram que são os pobres que na linha de morte A gula por lucros não pode prescindir de suas almas O trabalho lota os transportes públicos Avareza passa de helicóptero sem notar o tráfego Nada de carnaval, samba ou feriado, mas aglomerar no templo sagrado A luxúria graça nas redes sociais Trabalhar pode ir a praia não A inveja não é apenas pecado capital é sina capitalista
Lux
É projeto da morte. Morte como mote e meta. Morte como ferramenta de economia mesquinha. Morte como redução absoluta da humanidade. Antes, foi usado os gases nas câmaras nazistas. Agora, a céu aberto, as inações, nas indiferenças, no "deixa morrer que fica mais barato". Se deixa morrer para que a conta fica mais em conta... agora nem se gasta mais com o gás... aperfeiçoaram... as formas da morte. Nem a pp pensaria em algo tao hediondo... e isso não cabe nos pecados capitais... talvez na Cobiça... que ate parece boba perto disso... que não tem nome...